Para especialista, as pessoas estão muito associadas às organizações para as quais trabalham e precisam ter cuidado com suas ações 05 de Agosto de 2011 | 09:10h
Por Tatiana Americano
Ainda existe muita polêmica em torno do uso das mídias sociais no ambiente corporativo. Por questões de segurança, preocupação com a produtividade dos profissionais e até medo do vazamento de informações, muitas empresas ainda optam por proibir o acesso a esse tipo de ambiente. Os especialistas alertam, no entanto, que não se trata de uma opção e, sim, de um caminho sem volta para as organizações, na medida em que as próprias relações de negócio começam a migrar para ambientes como Facebook, Twitter e LinkedIn.
“Há algumas décadas, existia uma discussão de se os funcionários deveriam ter um aparelho telefônico na mesa de trabalho. A mesma dúvida reapareceu com a chegada do e-mail e agora com as mídias sociais”, considera Gil Giardelli, CEO da consultoria Gaia Creative e professor de redes sociais na ESPM. Para ele, em vez de questionar a possibilidade de acesso a esses ambientes, as companhias deveriam estar preocupadas em ensinar os usuários a como se portar nesses sites.
O primeiro passo para isso, segundo Giardelli, é criar diretrizes para que os profissionais entendam qual a postura mais adequada. “A partir do momento que os profissionais trabalham para uma empresa, eles estão associados a ela”, afirma o especialista. Ele cita, no entanto, que as pessoas tendem a esquecer disso quando entram nas redes sociais fora do horário de trabalho. “Com isso, passam a discutir coisas como salário e problemas com chefe com os amigos do Facebook, sem perceber que elas estão na rede mundial (internet)”, acrescenta.
E os problemas, segundo Giardelli, ocorrem com profissionais que estão em todos os cargos. Para ilustrar, ele cita o recente caso de um diretor de uma empresa listada na bolsa de valores e que enviou uma mensagem para 40 amigos no Facebook indicando que o momento era propício para comprar ações de sua companhia. Com isso, o executivo, mesmo sem saber, infringiu a lei que não permite que altos executivos divulguem informações privilegiadas de corporações que estão na bolsa.
Para evitar esse tipo de problema, grandes empresas começaram a inserir, junto ao contrato de trabalho que os funcionários assinam no momento da contratação, cláusulas referentes ao uso das mídias sociais. Mas o especialista lembra que ainda não existe uma lei no Brasil específica para punir esse tipo de infração. “As empresas não podem criar regras, mas recomendações”, assinala Giardelli.
Outra forma de conscientizar os funcionários sobre o uso adequado das redes sociais é promover eventos com especialistas ou os próprios profissionais da empresa, com o intuito de mostrar casos práticos de erros e acertos cometidos nesses ambientes.
“As mídias sociais são como um bilhete para uma viagem de cruzeiro só de ida. Depois que as empresas permitem o acesso a elas, é um caminho sem volta”, enfatiza o professor. “Mas as companhias estão cada vez mais conscientes de que isso [permitir o acesso] traz mais benefícios do que problemas para os negócios”, completa.
Encontrado em: http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/redes_sociais_em_vez_de_proibir_empresas_devem_educar_funcionarios
Ainda existe muita polêmica em torno do uso das mídias sociais no ambiente corporativo. Por questões de segurança, preocupação com a produtividade dos profissionais e até medo do vazamento de informações, muitas empresas ainda optam por proibir o acesso a esse tipo de ambiente. Os especialistas alertam, no entanto, que não se trata de uma opção e, sim, de um caminho sem volta para as organizações, na medida em que as próprias relações de negócio começam a migrar para ambientes como Facebook, Twitter e LinkedIn.
“Há algumas décadas, existia uma discussão de se os funcionários deveriam ter um aparelho telefônico na mesa de trabalho. A mesma dúvida reapareceu com a chegada do e-mail e agora com as mídias sociais”, considera Gil Giardelli, CEO da consultoria Gaia Creative e professor de redes sociais na ESPM. Para ele, em vez de questionar a possibilidade de acesso a esses ambientes, as companhias deveriam estar preocupadas em ensinar os usuários a como se portar nesses sites.
O primeiro passo para isso, segundo Giardelli, é criar diretrizes para que os profissionais entendam qual a postura mais adequada. “A partir do momento que os profissionais trabalham para uma empresa, eles estão associados a ela”, afirma o especialista. Ele cita, no entanto, que as pessoas tendem a esquecer disso quando entram nas redes sociais fora do horário de trabalho. “Com isso, passam a discutir coisas como salário e problemas com chefe com os amigos do Facebook, sem perceber que elas estão na rede mundial (internet)”, acrescenta.
E os problemas, segundo Giardelli, ocorrem com profissionais que estão em todos os cargos. Para ilustrar, ele cita o recente caso de um diretor de uma empresa listada na bolsa de valores e que enviou uma mensagem para 40 amigos no Facebook indicando que o momento era propício para comprar ações de sua companhia. Com isso, o executivo, mesmo sem saber, infringiu a lei que não permite que altos executivos divulguem informações privilegiadas de corporações que estão na bolsa.
Para evitar esse tipo de problema, grandes empresas começaram a inserir, junto ao contrato de trabalho que os funcionários assinam no momento da contratação, cláusulas referentes ao uso das mídias sociais. Mas o especialista lembra que ainda não existe uma lei no Brasil específica para punir esse tipo de infração. “As empresas não podem criar regras, mas recomendações”, assinala Giardelli.
Outra forma de conscientizar os funcionários sobre o uso adequado das redes sociais é promover eventos com especialistas ou os próprios profissionais da empresa, com o intuito de mostrar casos práticos de erros e acertos cometidos nesses ambientes.
“As mídias sociais são como um bilhete para uma viagem de cruzeiro só de ida. Depois que as empresas permitem o acesso a elas, é um caminho sem volta”, enfatiza o professor. “Mas as companhias estão cada vez mais conscientes de que isso [permitir o acesso] traz mais benefícios do que problemas para os negócios”, completa.
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