Olha Isso!!!

domingo, 23 de novembro de 2008

Lamborghini apresenta Gallardo LP560-4 Spyder

A Lamborghini escolheu o Salão de Los Angeles, para mostrar o Gallardo LP 560-4 Spyder, a variante aberta da versão mais agressiva da gama do construtor Italiano de desportivos. De acordo com o construtor, os interessados já podem fazer as suas encomendas com as primeiras entregas agendadas para abril do próximo ano.

Segundo a Lamborghini, o Gallardo LP 560-4 Spyder "combina o desenho, o desempenho, e a agilidade de um coupé com o prazer dos cabelos ao vento que apenas um descapotável de alta performance é capaz de proporcionar". Este modelo está equipado com o mesmo motor V10 de 5.2 litros do coupé, desenvolvendo 567 cavalos de potência. Aceleração dos 0 aos 100 km/h é cumprida em apenas 4 segundos enquanto a velocidade máxima anunciada é de 323 km/h.
A agilidade do Gallardo LP560-4 foi melhorada com a introdução de uma nova caixa de velocidades sequencial, mais leve e mais rápida, no modo «Corsa Mode». Apesar das melhorias no desempenho, a Lamborghini garante uma redução no consumo e de emissões de poluentes na ordem dos 18%.

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Encontrado em: http://www.autoportal.iol.pt/noticia.php?id=1015187&div_id=1661

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

História verídica de um torcedor

Jorge Lasperg

- Vô, o que é ser Flamengo ?

Naquela tarde de outono carioca, um domingo qualquer de 1964, o velho Silva, rubro-negro de quatro costados, olhou-me por cima dos óculos bifocais, sorriso enigmático no canto da boca. Interrompeu por um instante a partida de paciência que jogava na velha mesa de fórmica do varandão, e levantou-se com a calma e a decisão de quem vai fazer algo muito importante.

Sou o terceiro de seus nove netos, e o primeiro neto homem, talvez daí sua predileção por mim que ele não fazia muita questão de esconder. Venho de uma família de vascaínos não-ortodoxos, torcedores de pouco sofrimento nas derrotas e alegria serena nas vitórias, preferência só denunciada pelo escudo do Vasco pendurado numa parede acanhada. Como flamenguista roxo, meu avô teve que amargar o desgosto de ver dois de seus quatro filhos simpatizando com o arqui-rival, entre eles a filha predileta, minha mãe. Aquilo já tinha sido duro demais para ele. Pelo menos o neto havia de herdar sua paixão de torcedor.

"Vem comigo, vou te mostrar uma coisa", disse-me ele, levando-me pela mão até o seu quarto. Do fundo de seu guarda-roupa Schippendale, puxou uma velha caixa metálica de biscoitos champanhe, amarrada com barbante de sisal. Desatou pacientemente aquele nó. De dentro dela, tirou uma sacola de pano cheirando a naftalina com uma faixa de tri-campeão carioca, com uma escrita à caneta com os dizeres "Ao amigo Silva, uma lembrança de um rubro-negro", um garrancho ilegível autografando, e um álbum com recortes de jornais antigos.

"Olha só isso aqui, foi pouco antes de você nascer", falava ele num tom de quem compartilha um segredo de estado. Eram recortes de jornais esportivos de Maio de 1956, meio amarelados, cuidadosamente dobrados e organizados em uma ordem que só ele entendia. Ali estava documentada a epopéia do segundo tri-campeonato do Flamengo. Enquanto mostrava aqueles recortes, o velho Silva vestiu o neto com aquela faixa de campeão e contava, com uma narrativa que beirava o épico, todos os detalhes daquela conquista inesquecível. A decisão contra o América, então um timaço, numa melhor de três. A vitória apertada na primeira partida, um a zero, gol de Evaristo. A derrota acachapante na segunda partida, cinco a um para eles, a atuação soberba de Alarcón, meia-esquerda paraguaio, maestro do time do América. A terceira partida, a negra, a final. A entrada do Dida no time, pequenino e magricela. Maracanã lotado. O jogo. A truculência dos beques Tomires e Pavão, tirando Alarcón de campo. A voz do velho se avolumava, olhar brilhando de paixão, fixo em um passado mais que presente, eu inebriado com aquela narrativa, podia ouvir a torcida rugindo nas arquibancadas. A fibra de Dequinha, mameluco digno, centeralfe valente, lutador que não se entrega nunca, a cara do Flamengo, a vida pelo Flamengo. Os dribles irresistíveis de Joel, ponta-direita habilidoso, parte do brilho ofuscado por ser contemporâneo de Mané Garrincha. A categoria de Rubens, meia-direita elegante, reverenciado como "Doutor" por toda a crônica esportiva da época. A aplicação e disciplina do "formiguinha" Zagallo. O amor de todos os jogadores àquela camisa, que o velho chamava de "Manto Sagrado". A vitória expressiva por quatro a um, o Mengo é tri-campeão, obrigado, meu São Jorge. O desfile em carro aberto dos heróis do povo carioca, ainda com o uniforme suado da vitória. O desvio do trajeto do comboio, já de noite, pelas ruas de Botafogo. Os jogadores pulando o muro do Cemitério São João Batista. A faixa de tri-campeão depositada sobre o túmulo do presidente Gilberto Cardoso, morto dias antes ao final de uma partida de basquete, coração traído pela emoção de ver seu amado Flamengo vitorioso com uma cesta no último segundo. E, sobretudo, Dida. Edivaldo Alves de Santa Rosa, o Dida. Ponta-de-lança arisco, lançado na fogueira de uma decisão de tri-campeonato pelo treinador Fleitas Solich, bruxo paraguaio, milongueiro como ele só, como um ás tirado da manga. A foto no velho jornal falava por si. Dida, alagoano da cabeça chata, topetinho da moda, bigodinho fino, autor de três dos quatro gols, correndo de braços abertos, uma expressão de alegria incontida que eu nunca tinha visto em toda a minha vida. Ouvi aquilo tudo encantado, os olhos quase sem piscar, brilhando com essa estória de amor incondicional a uma entidade, amor mais sincero do mundo. O velho Silva delirava, quase não cabia em si de tanta satisfação. Fiquei tão envolvido com essa estória que nem notei o sinal aberto na saída do metrô Flamengo quando atravessava a rua. O motorista de táxi, escudo do América no pára-brisa, tirou um fino da minha bunda e ainda gritou um palavrão. Volta aqui que eu te acerto, otário. Estou em Abril de 1998 e nem percebi como o tempo passou depressa.

Com fome e cansado de procurar apartamento para morar, resolvi relaxar um pouco tomando um chope e comendo um bolinho de bacalhau no Picote, botequim tradicional daquela região e conhecido reduto de rubro-negros. O chope garoto ia durar o tempo que um outro freqüentador qualquer levaria para beber um chope igual ao meu, decidi. Escolhi aquele senhor magrinho debruçado no balcão do fundo, pinta de nordestino, sunga de praia, areia salpicada nas pernas finas e no peito de pombo, chope garoto à sua frente, colarinho digno no copo, uma sardinha meio comida no pratinho branco, o guardanapo de papel vagabundo, engordurado e coberto de farelos de fritura. Comia e bebia com a silenciosa majestade de quem um dia foi rei de uma nação gloriosa. A expressão de seu rosto marcado era uma mistura de nostalgia e nobreza, própria dos grandes guerreiros do passado. Eu conhecia aquele rosto. É ele, tenho quase certeza. Fui em sua direção : "Eu não sei se o senhor é quem eu estou pensando, mas se o senhor for, me deve um autógrafo com dedicatória, porque eu sou Flamengo por sua causa". O homem virou o rosto lentamente em minha direção, olhar intrigado, como que tentando entender alguma coisa. Silêncio absoluto no bar, quebrado pelo português dono do botequim, que gritava com a indignação de quem, como eu, queria ver uma injustiça reparada : "É ele mesmo ! E ninguém hoje em dia se lembra mais dele ! É ele mesmo ! É o Dida do Flamengo ! É o Dida do Flamengo !". Vi a expressão do velho craque se modificar. Ele abriu os braços e me abraçou como quem abraça a um amigo que não vê há muito tempo, aquela mesma expressão de alegria incontida que eu tinha visto naquele recorte de jornal de mais de quarenta anos atrás. Aplausos. Sorrisos. Parecia uma festa, o resgate de um ídolo rubro-negro, o Dida, segundo maior artilheiro da história do Flamengo, ídolo até mesmo de Zico, primeiro artilheiro, o maior de todos os ídolos rubro-negros.

Conversamos horas a fio sobre momentos capitais daquele jogo. Cada lance, cada gol é revisitado nessa viagem de recordações. Revive a emoção de ouvir Solich dizer, na véspera da decisão, "tu vás a jugar mañana". O pacto pela vitória, ainda no vestiário. Ele jura que o lance do Tomires em cima do Alarcón foi acidental. Lembra de um chapéu aplicado no centeralfe do América, ainda zero a zero. Cantarolamos juntos aquele sambinha antigo, que meu avô me ensinou : "Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá / vai haver mais um baile / no Maracanã / O Mais Querido / tem Dida, Dequinha e Pavão / eu já rezei pra São Jorge / pro Mengo ser campeão". E a mais emocionante de todas as suas lembranças : o carinho dele, herói daquele jogo, para com aquele senhor baixinho, óculos bifocais, avô de duas netas, prestes a ganhar um neto homem, que driblou a segurança e entrou no vestiário da vitória, enrolado na bandeira vermelho e preta, eufórico pela conquista, olhos marejados de tanta emoção, rouco de tanto gritar, só para agradecer-lhe pelos gols e pela vitória, autografando-lhe a faixa ao peito e dando-lhe um sincero abraço.

Já era noite alta quando nos despedimos, com um abraço demorado e agradecimentos mútuos. Saí andando, leve como quem acabou de lavar a alma, assoviando o hino do Flamengo, justificado e feliz da vida. Já ia longe, quando uma voz me chamou, meio esbaforida. Parei e olhei para trás. O velho Dida, com uma corrida bastante lépida para quem já beirava os setenta anos, aproximou-se e, ainda ofegante, entregou-me um papel. "Isso é para você. Agora não te devo mais nada", disse ele, com um sorriso maroto. Era um pedaço de papel de embrulho, tornado guardanapo depois de cortado à faca pelo português dono do botequim.

Nesse pequeno pedaço de papel, que eu guardo com carinho até hoje, estava escrito à mão : "Ao amigo Jorge, uma lembrança de um rubro-negro", o mesmo garrancho autografando, agora perfeitamente legível : "Edivaldo Alves de Santa Rosa - DIDA".

Jorge Lasperg é flamenguista e Analista de Sistemas

Flamengo Incomparável


Dia do Flamengo - Lei nº: 4.998/ 2007


LEI Nº 4.998 DE 07 DE MARÇO DE 2007.


[INSTITUI, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, O DIA DO FLAMENGO.]



O Governador do Estado do Rio de Janeiro,

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado

do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art. 1º - Fica instituído o Dia do Flamengo no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a ser festejado no dia 17 de novembro, data de fundação da agremiação.


Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.


Art. 3º - Ficam revogadas as disposições em contrário.



Rio de Janeiro, 07 de março de 2007.


SÉRGIO CABRAL

Governador


Ficha Técnica:


Projeto de Lei nº
3269/2006


Autoria
ALESSANDRO CALAZANS
Data de publicação D.O. (Diário Oficial RJ)
08/03/2007


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Programação da Festa de Aniversário


Se a festa do hexa prometida por Marcio Braga parece cada vez mais distante com os tropeços da equipe no Brasileirão, o Flamengo se prepara para comemorar o aniversário de 113 anos de fundação do clube, no próximo dia 15, na Gávea.

A diretoria do clube divulgou a programação da celebração, que começa às 7h, com toque de alvorada no estádio de remo, hasteamento da bandeira e queima de fogos. Em seguida, acontece um Chocolate Amigo na Boca Maldita. Às 9h, os sócios participarão de um jogo da FLAPEL, e às 10h um ato ecumênico será realizado na Capela de São Judas Tadeu.Das 11h as 16h, uma recreação será feita para crianças no parque do clube. Às 11h, jogo feminino entre modelos e atrizes acontece no campo da Gávea, simultaneamente ao reco-reco na Boca Maldita. Por fim, um jogo de encerramento entre artistas e celebridades, onde treina o time profissional.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Como funciona a Harley-Davidson


por Marshall Brain - traduzido por HowStuffWorks Brasil



Neste artigo


Introdução
O que você escreveria sobre a Harley-Davidson? Quando alguém menciona as palavras "Harley-Davidson" várias coisas vêm à mente:


>>a empresa que fabrica as motos;
>>as motos que a empresa produz;
>>a história e a tradição que cercam a empresa e suas motos.



Além disso,também existe algo a mais -a aura da Harley-Davidson. Alguns a chamam de Harley mania, outros se referem a ela como cultura Harley. Se você está tendo dificuldade em entender esse conceito, basta considerar isso: a cada ano, centenas de milhares de entusiastas da Harley-Davidson convergem para cidades americanas como Sturgis, no estado de Dakota do Sul (agosto), Myrtle Beach, na Carolina do Sul (maio) e Daytona Beach, na Flórida (março) para uma semana inteira de festas e demonstrações de vendas. Essas pessoas pilotam suas motos por centenas, senão milhares, de quilômetros apenas para participar.


Diferente de qualquer outra grande marca de motos, há um quê especial que as Harley-Davidsons levam consigo. Poderia ser simplesmente o som de um grande motor bicilíndrico em "V" saindo por canos retos a plena aceleração - isso certamente foi exaltado em dúzias de filmes. Mas acreditamos que é mais do que isso. Chame isso de mística, se quiser.



Foto cortesia da Harley-Davidson Motor Company

A Screamin' Eagle Softailandreg Deuce 2003,

mostrada aqui em cores de pintura personalizadas - dourado Centenário e preto Vívido


Neste artigo, você terá a chance de aprender sobre o Zen da Harley-Davidson a partir da perspectiva do HowStuffWorks. Cobriremos a evolução dos motores, a atual linha de produtos e o processo de personalização. Da próxima vez que você parar ao lado de uma Harley-Davidson, você a verá de modo completamente diferente.


O primeiro passo para entender a mística da Harley é saber como as motos funcionam.


A motocicleta

Falando de maneira simples, uma motocicleta nada mais é do que uma bicicleta com um motor. Se você voltar aos primórdios das Harley-Davidson Motorcycles em 1903, uma moto é exatamente isso. A primeira Harley-Davidson em produção foi uma bicicleta com o quadro levemente modificado para tornar mais fácil colocar o motor nela. Uma correia de couro transmitia a potência do motor para a roda traseira. Essa motocicleta tinha pedais e podia ser pedalada como uma bicicleta. Ela também tinha um freio contrapedal normal no cubo traseiro, acionado pedalando-se para trás, exatamente como se faz em algumas bicicletas de uma só marcha.





Copyright Harley-Davidson Archives

Foto Cortesia da Harley-Davidson Motor Company Archives

A primeira Harley-Davidson foi basicamente uma bicicleta motorizada

Essa motocicleta Harley-Davidson original tinha um motor monocilíndrico de 405 cm3 refrigerado a ar e uma configuração de válvulas em F (admissão pelo cabeçote, escapamento pelo cilindro). O motor pesava 22,2 kg.

Hoje uma motocicleta não se parece nada com uma bicicleta. Ambos os veículos têm duas rodas, mas é aí que a similaridade termina.

A motocicleta básica atual

Duas coisas trabalharam em conjunto para fazer as motocicletas parecerem tão grandes:


1. O motor foi ficando cada vez maior, de modo que a motocicleta ficou maior para sustentar o motor e suportar o peso. Conforme a motocicleta ficou mais pesada, as rodas e os pneus ficaram maiores e mais fortes para suportar o peso, como ocorreu com os freios, o quadro etc. O tanque de combustível também se expandiu para proporcionar ao motor maior o combustível de que precisa;

2. Com os tamanhos de motor aumentando, as motocicletas se tornaram muito mais rápidas e puderam viajar por distâncias muito maiores; velocidades mais altas significaram a adição de uma transmissão; o conforto do piloto na forma de pneus maiores, sistemas de suspensão, bancos e assim por diante foram adicionados para tornar o uso melhor; a velocidade adicional torna os pneus importantes para o desempenho, de modo que eles ficaram mais largos. Você pode ver todos esses recursos avançados de motocicletas na foto ilustrada abaixo.


Hoje as motocicletas estão muito distantes das bicicletas motorizadas do passado


Esta moto não é uma Harley - é uma moto personalizada como a Harley que despe uma motocicleta moderna à sua nua essencialidade. Por exemplo, esta motocicleta tem um motor e uma transmissão:


Motor de 1.450 cm3, com dois cilindros em "V"


Os canos de escapamento em aço inoxidável estão

conectados diretamente aos cabeçotes do motor

Neste caso o motor desloca 1.450 cm3 e tem dois cilindros. Os cilindros estão dispostos em uma configuração em V com um ângulo de 45º. O motor usa lubrificação por cárter seco, com tanque externo para o óleo montado acima da transmissão. O escape é simplesmente um par de canos de aço inoxidável conectados ao duto de escapamento de cada cabeçote. Não há silencioso ou catalisador de qualquer tipo.


A transmissão se situa logo abaixo do motor. Trata-se de uma caixa de mudanças manual seqüencial de 6 marchas. O motor transmite sua potência a partir do virabrequim para a transmissão através da redução primária. A potência então é transferida da transmissão para a roda traseira pela redução final que, neste caso, é uma corrente, como se vê nesta fotografia:




A redução primária nesta moto é uma correia de Kevlar/borracha bem larga.

A corrente grande faz parte da redução final


Toda a potência do motor acaba indo para a roda traseira.



A potência do motor acaba indo para esta roda traseira extremamente larga


Você também pode ver o freio a disco traseiro, assim como a parte traseira do quadro. Na fotografia acima, bem como na foto abaixo, é óbvio que os quadros de moto podem ser extremamente simples.



O quadro tem um design simples.


Como não há suspensão traseira, é chamada de "rabo duro".


O quadro consiste em apenas alguns tubos de aço dobrados e soldados juntos. Consulte esta página (em inglês) para obter fotografias de vários quadros diferentes. Esta moto não tem suspensão traseira e portanto é chamada de rabo duro.


O garfo dianteiro, único componente de suspensão desta motocicleta, está localizado na sua extremidade dianteira.



O garfo dianteiro é o único componente da suspensão nesta moto:

ele pode se comprimir para agir como um amortecedor


Você pode notar que a roda dianteira é muito mais estreita que a traseira. Há um único freio a disco na dianteira. O garfo dianteiro pode se comprimir para absorver impactos. No alto do garfo dianteiro estão os guidões e o farol.


Certamente, esta moto não é tão simples quanto a primeira Harley-Davidson, de 1903, mas também não é supercomplicada. Este é um transporte minimalista movido a gasolina. Então, como a Harley se compara a esta moto básica? Vamos dar uma olhada...




Foto cortesia da Harley-Davidson Motor Company

Emblema de Tanque do 100º Aniversário

da Harley-Davidson com Barra e Escudo Cromados



Há no mercado uma oferta enorme de motocicletas, especialmente de fabricantes japoneses como a Honda, Yamaha e Kawasaki, mas muitas pessoas acham que nenhuma delas tem a aura, a tradição, o reconhecimento do nome ou a mística das motos da Harley-Davidson. Se você está imaginando o que há de tão único nas Harley, vamos começar pelo motor.


Eis algumas das características distintivas do motor:


* até 2001, a Harley-Davidson esteve fielmente casada com o desenho de dois cilindros em "V", com ângulo de 45º entre os cilindros;


* os motores são refrigerados a ar;


* os motores têm válvulas no cabeçote que são acionadas por árvores de comando no bloco;



* os motores da Harley têm curso longo. Isso significa que os motores são de baixa rotação e têm muito torque. A faixa de máxima rotação está normalmente nas 5.000 rpm;


* os motores da Harley têm um só colo de manivela para as duas bielas, que proporciona a esses motores um som exclusivo. Vamos saber mais sobre esse som especial na próxima seção.


Em 2001, a Harley fez o que para ela foi um movimento radical. Um novo motor chamado motor Revolution™ foi apresentado, para ser usado na VSRC 2002. O Revolution ainda usa dois cilindros V, mas a ângulo de 60º, é refrigerado a água, tem duplo comando de válvulas em cada cabeçote e atinge alta rotação (faixa vermelha em 9.000 rpm).




Foto cortesia da Harley-Davidson Motor Company

O motor Revolution™


Está sendo usado atualmente apenas em um modelo de produção da Harley - o VSRC. Tanto o VRSCA V-Rod™ 2003 (mostrado aqui) quanto o VSRC 2002 ostentam o motor Revolution™.


Além do motor, as motos Harley têm uma personalidade própria. Devido aos grandes motores, as Harleys tendem a ser grandes. As Harleys maiores pesam perto de 450 kg e costumam incorporar um estilo retrô. Discutiremos o novo motor mais detalhadamente um pouco mais adiante neste artigo.


A seguir, aprenderemos sobre a mística da Harley e seu som especial.


Harley nos Filmes

De "Sem Destino" a "Exterminador do Futuro 2" e "Missão Impossível 2", as motos têm roubado a cena durante décadas.


Na realidade, a Harley-Davidson alcançou o auge de bilheteria em 1991, no filme intitulado "Harley Davidson e Marlboro Man". Apresentando dois personagens principais: um chamado pelo nome da famosa empresa de motocicletas e outro pelo nome de uma marca de cigarros popular, este filme continua tendo seguidores. Alguns outros produtos também são mencionados no filme - há uma personagem chamada "Virginia Slim" (como os cigarros) e outro chamado pelo nome do famoso uísque "Jack Daniels".




Marshall Brain. "HowStuffWorks - Como funciona a Harley-Davidson". Publicado em 17 de setembro de 2003 (atualizado em 07 de maio de 2008) http://carros.hsw.uol.com.br/harley-davidson.htm (10 de novembro de 2008)

Inventor apresenta carro voador baseado em Ferrari


Um carro voador baseado no modelo Ferrari 599 foi apresentado pelo inventor canadense Paul Moller como seu novo projeto de veículo híbrido capaz de sair do chão - protótipo já em fase de construção que deve consumir US$ 5 milhões segundo o criador.


Chamado por ele de Autovolantor, o veículo seria capaz de voar a 240 km/h graças à força de seus oito rotores elétricos. O problema é a pequena autonomia, que o levaria a distâncias até cerca de 75 km.
Para fabricar o Autovolantor, Paul Moller busca um financiamento de aproximadamente US$ 250 mil.

Redação Terra
Encontrado em:


Voar sempre tem sido um dos mais constantes anelos do homem, quase tanto como não ter que esperar meia hora para ler FayerWayer por culpa do congestão veicular e para solucionar esse problema os caras da Moller Internacional [...] trabalharam no design conceitual do Autovolantor, projeto que se traduz num Ferrari 599 GTB híbrido e com capacidade para voar.

Segundo os designers, este brinquedo estaria dentro de 2 anos no mercado por baratos USD$800 (R$1.730), o que por sua dificuldade deixa clara sua grande imaginação para criar um Ferrari híbrido voador, mas também para acreditar que alguma pessoa pagará essa cifra. Apesar disso, o Autovolantor poderia desenvolver uma velocidade de uns 160 km/h em terra, enquanto que utilizando suas turbinas de ar poderia alcançar 241 km/h com uma autonomia que oscilaria entre 120km (em terra) e 160km (voando), questão que não vamos poder comprovar até o próximo ano, quando esteja pronto o primeiro protótipo que nos vai levar à era de Futurama e Os Jetsons.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pagani Zonda Roadster F


Mais um carro – e de novo montes de celulares com câmeras esperam que essa espaçonave Enterprise pare. E enquanto os donos destes celulares asseguram a conversa de bar para aquela noite, um motorista lentamente, acidentalmente gira o volante em direção a nossa carruagem de 800 mil euros (na Europa; no Brasil, há um cupê deste belo carro, amarelo, à venda por R$ 4 milhões). Não seria a primeira vez. Quase batidas, um público devotado e explicações sobre a origem desta obra poderosa em cada parada para reabastecer são parte da vida com um Pagani Zonda Roadster F.

Com apenas 25 Zonda F no mundo (e cerca de 90 no total), eles fazem Ferrari e Lamborghini parecer comum como estrume de vaca. Mesmo que o desenho básico já tenha nove anos de idade e um modelo novo seja esperado para este ano, o superesportivo ainda pára o trânsito. É estranho estar escrevendo o obituário de um carro que, oriundo de uma instalação industrial pequena no fim da estrada que liga Lamborghini e Ferrari, chacoalhou o mundo dos supercarros e mantém seu impacto de marreta ainda hoje. Mas, com a versão R sendo destinada apenas a clientes atuais e selecionados, este é o último Zonda que existirá. Por sorte, também é o melhor de todos.

Aquele escape de metralhadora Gatling é a assinatura da família Zonda e o aerofólio traseiro plano, o difusor de ar de fibra de carbono, a intrincado trama de fios, bancos de couro macios como um edredon e a pintura perolizada do F poderiam servir ao início de uma tese. Sem o teto em estilo de bolha, o Roadster também parece ainda melhor do que o cupê, com seu estilo mais ameaçador. Ele é puro teatro sob todos os ângulos.

Você poderia perder dias nos detalhes, a maneira como a trama de fibra de carbono se casa perfeitamente por toda a seção inferior, os pilares e o interior, o fato de o porta-luvas vir com uma fechadura que poderia adornar qualquer bolsa de mulher e a alavanca de câmbio tão elegantemente localizada no console central que só pega luz de maneira indireta. Então há também o painel de instrumentos de outro mundo, com mostradores que parecem com os dos relógios Rolex.
Juan Manuel Fangio, cinco vezes campeão do mundo de Fórmula 1, esteve envolvido com o desenho do modelo e o F é um tributo a este grande homem do mundo do automobilismo. Depois de mudar a trama de fibra de carbono e mais de 60 componentes internos do carro, Horacio Pagani finalmente acredita que chegou à perfeição, um carro digno do nome de seu grande amigo. Como Fangio, ele é inigualável e dramático, cativando a imaginação como nada mais na estrada conseguiria fazer. E mesmo que ele fosse um tremendo abacaxi com o qual viver, como uma namorada gastadeira, ele viria com aquelas recompensas inerentes em toda e qualquer voltinha.

Sempre que a estrada se abre, uma triscada no pedal do acelerador gasta uma golada de combustível e o carro decola rodovia adentro como um rato esfaqueado. Uma velocidade crua, animalesca vem de quase nada de giros do motor, com o motor forjando uma onda irresistível de torque. Um espasmo violento é enviado direto às rodas de magnésio de aro 20”, com os pneus Pirelli P Zero cavando o asfalto e mandando o carro agarrar o horizonte enquanto o rugido metálico aumenta até chegar a um ronco de Fórmula 1 meio fora de tom. Ele é grave e visceral, como o barulho de um caça das antigas. Todo mundo adora.

A marca de 96 km/h (60 mph) chega de repente, em 3,6 s, e o mundo derrete for a da janela enquanto este foguete em forma de flecha ganha ritmo e atinge 160 km/h. Apesar da maior resistência criada pelo teto cortado, o carro ainda atingirá 344 km/h sem esforço. Ele também pode fazer isso todo santo dia, graças a um motor que trabalha com folga e à tecnologia aeroespacial e de Fórmula 1 que abunda pelo carro todo.

No modelo Clubsport completo, o F tem a versão motor 7,3-litros AMG de 660 cv, um propulsor abusado que não gosta de cidades e vive apenas por uma estrada longa e sinuosa. Nós nunca atingiríamos seus limites nas estradas públicas do Reino Unido. Teríamos terminado no YouTube, depois na prisão. Mas é bom saber que poderíamos ter chegado lá, se quiséssemos. O Zonda surpreende tanto por sua incrível acessibilidade quanto por sua força além do razoável. Você poderia dirigi-lo todos os dias se pudesse estacioná-lo na rua e não se preocupar com vândalos.

Uma tecnologia anti-estagnação é usada para manter os giros do motor em ordem. Apesar de ser pesado, o pedal de embreagem, finamente ornamentado, nunca deixa o carro pulando feito um coelho na estrada. Usando uma marcha mais alta, o F vai encarar rotas urbanas apenas com um tremelique em seu chassi de fibra de carbono.

Da Mercedes-Benz a Pagani herdou alguns dos sistemas de controle de tração e de segurança mais sofisticados do mundo, então o risco de sair queimando pneu logo na partida é nulo. Com todos os equipamentos ligados, qualquer um poderia dirigir o F. A direção, assistida e direta, aponta sempre para o lado certo e os pára-choques dianteiros de bochecha de hamster tornam este Zonda mais fácil de dirigir que a maioria dos hatches modernos. Em velocidades equivalentes, o Roadster F segue a mão de modo direto e correto.

Em seus limites, com os equipamentos “salva-vidas” desligados, o carro é uma besta bem mais traiçoeira. Mas os truques que ele faz nessa condição não são para uma via pública. E é uma pena que este carro seja bonito demais para colocar em uma pista de corrida. É provavelmente a perversa falta de sentido deste carro, que deverá sair da garagem apenas para dar um passeio por Monte Carlo ou Puerto Banus, que o torna tão incrivelmente atraente.

Foram idéias extravagantes como estas que fizeram com que nos apaixonássemos por carros em primeiro lugar. O Zonda Roadster F é um sonho em forma de automóvel. Em termos de um superesportivo puro, não há nada que possa ser melhor do que isso.

Para seu próximo carro, Pagani prometeu algo realmente especial, uma máquina que superará o Zonda em cada aspecto. Se ele terá o mesmo impacto (ou um ainda maior), é algo que teremos de esperar para ver, mas, com o Zonda em perspectiva, o novo carro terá um caminho muito difícil a trilhar.

DERRAPAMOS: o texto informava que o valor do Pagani Zonda Roadster F era de US$ 540 mil, mas o veículo custa 800 mil euros, valor, portanto, bem mais alto que o informado pelo autor. O texto já foi devidamente corrigido.


The New York Times Syndicate


Tradução de Gustavo Henrique Ruffo






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