O cemitério da cidade italiana de Áquila, cidade italiana mais atingida pelo terremoto de segunda-feira passada (6), recebeu nesta sexta-feira os primeiros caixões após funerais de Estado pelas 289 vítimas. O premiê italiano, Silvio Berlusconi, participou da cerimônia e pediu aos milhares de familiares e moradores da região de Abruzzo que mantenham "clima de união"."Diante de um acontecimento como este, não apenas pe necessário, mas indispensável, um clima de união", disse Berlusconi, que visitou, logo após o funeral, a sala de controle da Agência de Proteção Civil.
O cemitério de Áquila, capital de Abruzzo, receberá 150 dos mais de 200 caixões expostos nesta sexta-feira no funeral, entre eles, 20 caixões brancos de crianças.O primeiro corpo a chegar ao cemitério local foi o de Rosa Antonini, a frente do interminável cortejo de carros fúnebres que percorre as ruas de Áquila após a realização do funeral de Estado na Praça de Armas da Escola da Guarda de Finanças.
Mulher chora por familiar que morreu no terremoto que atingiu a região de Abruzzo, no centro da Itália
Os caixões das vítimas foram levados nos ombros por membros das forças de segurança e das equipes de resgate italianos até os carros que os conduziram por uma cidade que nesta sexta-feira chora a tragédia causada pelo terremoto do dia 6 e as mais de 500 réplicas --tremores secundários de intensidade menor que ocorrem depois de terremotos-- que atingiram a região, destruíram cerca de 10 mil edificações e deixou milhares de desabrigados.
O funeral de Estado foi presidido pelo secretário de Estado vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e dele participaram os máximos representantes das instituições italianas, entre eles o presidente da República, Giorgio Napolitano, e Berlusconi.
"Digo a vocês, como pai, que entendo a dor que isto pode representar", disse o premiê, que classificou a tragédia como "terrível, angustiante e lancinante".
Papa
A cerimônia do funeral começou em Áquila, cidade mais devastada pelo terremoto e pelos mais de 500 tremores seguintes, com a leitura de uma mensagem do papa Bento 16 lida pelo seu secretário pessoal, Georg Gaenswein.
O papa, que, na mensagem disse se juntar "ao luto dos que choram" por seus próximos, deve visitar a região após as celebrações da Páscoa neste fim de semana.
Bento 16 rezou pela "cura rápida dos feridos", cerca de 1.500, segundo dados do governo italiano, enquanto as pessoas próximas às vítimas, em prantos, com as mãos sobre a cabeça, escutavam a mensagem lida por Gänswein.
"Eu me sinto espiritualmente próximo de vocês para dividir esta angústia e pedir a Deus pelo descanso eterno" dos desaparecidos, acrescentou o papa.
O número dois do Vaticano, o secretário de Estado, Tarsicio Bertone, que oficia a cerimônia junto ao arcebispo de Abruzzo, Guisseppe Molinari, realizou a homilia diante de milhares de familiares das vítimas e moradores da região, que teve cerca de 10 mil edificações danificadas pelos tremores.
"Nos inclinamos perante o enigma indecifrável mas é também uma ocasião preciosa para entender qual é o valor e o significado da vida".
Com agências internacionais
NomeOrigem("BOL - FolhaOnline - Mundo");
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