27/12 - 10:39 , atualizada às 11:07 27/12 - Camila Nascimento, iG São Paulo
Dois diplomatas, que atuam na Divisão de Assistência Consular, embarcaram por volta das 7h deste domingo para a capital do Suriname, Paramaribo, onde farão uma "missão de verificação".
Segundo informações do Itamaraty, os diplomatas, junto com a missão de oito pessoas, entre representantes do governo brasileiro e surinamês e da polícia local, vão ao local em que uma comunidade brasileira foi atacada no último dia 24, véspera de Natal, na cidade de Albina, para avaliar a extensão do conflito.
Os brasileiros foram atacados em represália à morte de um morador local supostamente assassinado por um trabalhador brasileiro. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, cerca de 80 brasileiros, que viviam em Albina foram levados para a capital Paramaribo após o conflito. Sete deles estariam feridos em estado grave.
Neste domingo, o padre brasileiro José Vergílio, que visitou o local, relatou que sete pessoas morreram em consequência do ataque. A informação, porém, não é confirmada pela Embaixada. Até o momento, o número oficial é de 14 feridos.
Os diplomatas, que seguiram em um avião com capacidade para 30 pessoas, devem desembarcar em Paramaribo por volta das 13h (horário de Brasília). Lá, eles encontrarão os brasileiros para saber qual assistência eles precisam.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), não estão sendo levados alimentos para a população atacada. Não há também confirmação de que os brasileiros feridos sejam trazidos para o Brasil. Depois, a missão seguirá para Albina, que fica cerca de 150 km da capital do Suriname, onde poderão ter mais detalhes do que aconteceu.
Ver Albina - Suriname em um mapa maior
Albina tem cerca de cinco mil habitantes e é o principal ponto de travessia entre o Suriname e a Guiana Francesa. Segundo o embaixador do Brasil no Suriname, José Luiz Machado e Costa, a maioria dos cerca de 2 mil brasileiros em Albina se dedicaria ao garimpo.
O caso
Um grupo de brasileiros foi atacado, na véspera do Natal, com machados e facões, após uma briga que começou durante uma festa na qual havia mais de mil pessoas reunidas.
Durante a briga, um brasileiro teria esfaqueado e matado um surinamês. Em represália pelo assassinato, cerca de uma hora após a morte do morador local, a comunidade brasileira foi atacada.
De acordo com informações do governo surinamês, durante o confronto, ao menos 20 mulheres foram estupradas e mais de 120 pessoas tiveram que ser retiradas às pressas da cidade. Imigrantes de origem chinesa, donos de lojas na região, também teriam sido vítimas dos ataques. Vários pontos comerciais foram saqueados e queimados.
(*com informações da BBC Brasil)
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Encontrado em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/27/itamaraty+envia+diplomatas+brasileiros+ao+suriname+para+avaliar+conflito+9256916.html
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