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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Para onde vai o seu tempo

Pesquisa da Microsoft mostra que muita gente perde tempo cumprindo tarefas que não dão resultado algum

Por Anne Dias


Ninguém discorda da máxima que diz "tempo é dinheiro". Muito menos o engenheiro industrial e consultor Rodrigo Ferro Rivera, paulistano de 37 anos. Ele é analista da Finacorp Securities, uma corretora americana com filial em São Paulo que lida com aplicações financeiras. Durante as dez horas de seu expediente, Rodrigo atende clientes, faz investimentos para eles, conversa com a matriz. Ele tenta otimizar seu tempo, mas, mesmo assim, perde uma hora e meia por dia. O que o faz desperdiçar minutos tão importantes? Reuniões sem foco, trânsito, almoços de negócios fora da empresa e telefonemas de gente pedindo doação. Rodrigo recebe cerca de 500 e-mails por dia e desenvolveu uma técnica para lidar com eles. Se o remetente não diz a que veio no "subject", ele apaga a mensagem. "Cada minuto que eu perco atrapalha o resto da semana", diz.


Situações semelhantes a esta estão mensuradas numa pesquisa desenvolvida pela Microsoft entre setembro de 2004 e janeiro deste ano. No total, 38 112 profissionais de 200 países responderam a um questionário com 18 perguntas que estavam no site da empresa. Só no Brasil, cerca de mil pessoas, com idade média de 33 anos, participaram do estudo. Quando perguntados sobre o que interrompe a produção diária, os brasileiros responderam que são assuntos como apagar incêndio de alguma crise de última hora, além das conversas paralelas (o famoso vaivém da rádio-peão). São obstáculos à produtividade que também atrapalham profissionais do resto do mundo, mas não com tanta força. "O problema está na falta de planejamento e de organização", diz Paula Bellizia, gerente-geral da divisão de information worker da Microsoft.


Pela pesquisa, os brasileiros se vêem produtivos apenas 60% do tempo. Ou seja, dois dias da semana são perdidos por causa desses inimigos invisíveis (veja tabela ao lado). "O brasileiro é trabalhador, mas não é produtivo", diz Paula. E também pensa diferente. Enquanto a maioria dos brasileiros prefere flexibilizar o horário, americanos e europeus gostariam que a semana não fosse tão rígida, para, por exemplo, folgar na quinta e trabalhar no domingo. O recado é: organize-se para ter foco e não perder tempo com bobagem.


JORNADA IMPRODUTIVA

No Brasil, quem trabalha dez horas por dia, cinco dias por semana, na verdade trabalha apenas três dias. O resto é perdido em reuniões inúteis, telefonemas desnecessários ou respondendo e-mails (em % de horas trabalhadas)


Horas produtivas:

60 - BRASIL

65 - EUA

65 - EUROPA

63 - MÉDIA


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