Tel Aviv, 25 set (EFE).- O músico britânico Paul McCartney foi recebido em Israel como um verdadeiro messias por cerca de 50 mil pessoas em sua primeira apresentação no país no show de hoje em Tel Aviv.
O ex-Beatle abriu o show com a lendária "Hello Goodbye", que, desde o primeiro momento, levantou o público, formado por várias gerações e que acompanhou cada movimento do artista.
Em 1965, o Governo israelense não permitiu que o quarteto de Liverpool se apresentasse no país, por considerar que poderia corromper a juventude, ato do qual se desculpou no início deste ano por meio de sua Embaixada em Londres.
Israel apresentou uma desculpa formal por sua atitude aos dois ex-Beatles vivos, McCartney e Ringo Starr, e às famílias dos já falecidos John Lennon e George Harrison.
A visita de McCartney ao Estado judeu não esteve livre de polêmica, pois grupos palestinos consideram que ela legitima a política de ocupação. Um líder islâmico havia feito advertências de que ele poderia se expor a um ataque por atuar nas celebrações do 60º aniversário de Israel.
"As críticas fizeram crescer a expectativa em torno deste concerto", disse um espectador.
Duas enormes colunas projetavam imagens dos Beatles junto ao palco, em um tributo ao grupo, talvez em memória dos outros integrantes da banda que já não poderão tocar no Estado judeu.
McCartney interpretou ainda canções como "Let it be", "All my loving", "Lady Madonna", "Drive my car" ou um magnífico solo de "Yesterday".
Or Celkovnik, diretor de programação da emissora musical israelense "Galgalatz", definiu McCartney como "a base de fundação da música que conhecemos hoje em dia".
Ele disse que a produção e a postura do artista no palco lembram momentos nos quais Israel costumava estar nos circuitos das grandes estrelas do pop e rock, como nos anos 90.
A capa de hoje no jornal "Ha'aretz" apresentava McCartney em seu hotel de Tel Aviv rodeado de atenções e dizendo "All you need is love" (Tudo do que vocês precisam é amor), possivelmente um dos melhores desejos para a conflituosa região.
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