Momento Histórico, César Cielo, primeiro medalista brasileiro, emociona ao chorar após conquistar o primeiro ouro do Brasil. Com ele nadou milhões de brasileiros, com ele subiu ao pódio milhões de brasileiros, mas a grande pergunta é : O Brasil sempre torce por medalhas, e quer ver seus heróis Olímpicos no degrau mais alto do podium, mas e o patrocínio? Cobramos um lugar melhor no quadro de medalhas, mas quem leva pelas mãos nossos heróis quando não estão em competição. Parece-me que já virou ponto comum, o discurso do herói que conquistou medalha, contar como sofreu até chegar ali, então nos comovemos e... nossa como o tempo passa e já existe outra competição...
Felizmente, nosso herói César Cielo já não é mais vítima do descaso da falta de patrocínio, suas medalhas já mostraram seu potencial bélico crescente, ele já é considerado profissional... e agradeceu aos patrocinadores, a família e ao "Paitrocinador".
A minha torcida é que venham muitas e muitas medalhas, mais que também venha mais e mais consciência por parte de quem possa contribuir com o sonho de muitos brasileiros, inclusive os atletas.
Parabéns, muitas e muitas vitórias, sucesso e toda sorte bençãos vindas das mãos de Deus, César Cielo!!!
Por: Cláudia Lenise (Blog Olhos de Tigre)
André Amaral e Thiago Lavinas Pequim
César Cielo Filho, touca cinza e óculos nas mãos, esperava na sala de aquecimento quando aquele sujeito de tronco desproporcional veio caminhando na sua direção de agasalho e medalha no peito. - Tá vendo isso aqui? - disse Michael Phelps - Foi por um centésimo. “Isso aqui”, no caso, era a medalha de ouro, a sétima de Phelps em Pequim, 13ª da carreira olímpica do fenômeno americano. Exatamente 13 medalhas de ouros a mais do que o Brasil tinha em 68 anos de natação nos Jogos.
César Cielo chegou à raia quatro com o peso de um país nas costas. O maiô grudadíssimo no corpo, o nervosismo diluído em tapas. O muito doido Césão ganharia ou perderia em frações. Os outros nadadores, todos, tocaram na água da piscina. Ele não. Estava absolutamente concentrado. - Você pode ganhar por um centésimo. Ou perder por um centésimo - disse Michael Phelps. O Brasil é capaz de comemorar décimos lugares, de beijar com ênfase medalhas de bronze. E não é por acaso. Entre o Oiapoque e o Chuí, ouro é minério olímpico escasso. Até ontem eram apenas 17 as medalhas douradas em verde-e-amarelo - desde a primeira, conquistada por Guilherme Paraense no tiro, em 1932. A número 18 estava por vir. Rápido. Muito rápido.
Foram 34 braçadas. Nenhuma respiração. Nos primeiros metros, Cielo pareceu estar atrás dos franceses Alain Bernard e Amaury Leveaux. No meio da prova, na eternidade daqueles dez segundos iniciais, era impossível dizer quem liderava. Seria Eamon Sullivan, o recordista mundial australiano? Ou o sul-africano Roland Schoeman?
Aquele mar de potentes braçadas e pernas batendo... misturava espuma e angústia. Nas arquibancadas, CÉSÃO se angustiava. CÉSÃO era, na verdade, uma fila de cinco pessoas formando um acróstico humano e elétrico. O “C”, ou César Cielo pai abraçava o “E”, Flávia, mãe, que balbuciava. - Vai, vai... O S (Raísa, amiga da família), o à (Matheus, outro amigo) e o O, a irmã Fernanda... se comprimiam. Os últimos metros estavam ali da piscina, logo à frente do CÉSÃO humano. A uns doze metros do fim, Cielo botou um braço na frente. A câmera subaquática captou num ângulo fugaz os dentes dentro de sua imensa boca aberta. Foi como se mostrasse o apetite olímpico do país inteiro. Cielo estava realmente na frente. A fração de liderança empurrou o berro de torcedores, locutores, tantas gargantas país afora. Faltavam dois metros, um. Veio a trigésima-quarta braçada. Cielo bateu. Uma fração curtíssima precedeu a confirmação eletrônica. O Brasil era campeão olímpico numa piscina. Pela primeira vez. Parecia improvável. Cielo arregalou os olhos dentro dos óculos e olhou para o placar. Viu o número 1 ao lado de seu nome. Vinte e um segundos e trinta centésimos - novo recorde olímpico. Em segundo lugar chegou Leveaux, quinze centésimos atrás (21s45). Em terceiro, Bernard (21s49). O oitavo colocado, o sueco Stefan Nystrand, cravou 21s72, 42 centésimos atrás de Cielo, menos de meio segundo, um piscar de olhos.
André Rigue - estadao.com.br
Nadador faz o tempo de 21s30 e se torna o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha dourada na natação.
SÃO PAULO - Um dia histórico para a natação brasileira. A primeira medalha de ouro do País nos Jogos Olímpicos de Pequim foi conquistada por um guerreiro. Na manhã deste sábado (horário chinês), o paulista César Cielo Filho venceu de maneira espetacular a disputa dos 50 metros livre ao cravar a marca de 21s30 - novo recorde olímpico. É a primeira medalha dourada da natação verde-e-amarela em todas as edições das Olimpíadas - até então, o Brasil tinha três pratas e sete bronzes.
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Natural de Santa Bárbaro d'Oeste, César Cielo chegou sem muitos holofotes em Pequim. A maior parte da imprensa brasileira focou a atenção no carioca Thiago Pereira, que havia conquistado seis medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Thiago deixou Pequim com um quarto lugar nos 200 metros medley como melhor resultado. Cielo acumulou duas medalhas.
Além do ouro nos 50 metros, a prova mais rápida da natação, o brasileiro levou o bronze nos 100 metros livre, a competição mais charmosa. Quando ficou em terceiro, Cielo foi superado pelo francês Alain Bernard e pelo australiano Eamon Sullivan. Nos 50 metros, o paulista deu o troco e venceu os dois com sobra - até então, Sullivan é dono do recorde mundial, com 21s28.
Cielo, que tem o ritual de dar tapas no peito antes de pular na piscina (para "despertar"), teve uma evolução fantástica em Pequim. Durante as semifinais dos 100 metros, o brasileiro chegou a pensar que havia ficado de fora da final, pois não tinha marcado um bom tempo (48s16). No entanto, o nadador entrou na oitava e última vaga e foi para decisão, onde levou o bronze com 47s67.
Depois de conquistar a primeira medalha, o nadador de 21 anos se encheu de entusiasmo e disse que "ganharia o ouro nos 50 metros". Muitos riram dele. Mas foi com esta confiança que Cielo bateu o recorde olímpico por duas vezes durante as eliminatórias. Na decisão, o "desconhecido" Cielo já chamava a atenção da imprensa mundial e dos adversários, que nada puderam fazer para impedi-lo de triunfar.
César Cielo mora e estuda nos Estados Unidos, na Universidade de Aurbun. Thiago Pereira e Kaio Márcio (nado borboleta), que eram as grandes esperanças do Brasil em Pequim, moram e treinam no País. Não é por acaso que os norte-americanos dominam a natação mundial e produzem "atletas perfeitos" como Michael Phelps. O técnico de Cielo nos EUA, o australiano Brett Hawke, já havia alertado que o brasileiro seria o homem mais rápido do mundo.
As provas no Cubo D'Água em Pequim terão continuidade neste domingo (noite de sábado no Brasil). A natação brasileira encerrou a sua participação com Cielo. O único destaque, agora, será Michael Phelps, que tentará ganhar o oitavo ouro no revezamento 4 x 100 metros medley para superar o recorde do também norte-americano Mark Spitz, que levou sete medalhas douradas nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.
RESULTADO FINAL DOS 50 METROS LIVRE
1.º Cesar Cielo Filho (BRA) - 21s30 (Recorde olímpico)
2.º Amaury Leveaux (FRA) - 21s45
3.º Alain Bernard (FRA) - 21s49
4.º Ashley Callus (AUS) - 21s62
5.º Ben Widman-Tobriner (EUA) - 21s64
6.º Eamon Sullivan (AUS) - 21s65
7.º Roland Schoeman (AFS) - 21s67
8.º Stefan Nystrand (SUE) - 21s72
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